Sendo esta escultura uma evocação aos Lions ela tinha de “revelar”, “transparecer”, “dar a conhecer” a missão destes aos olhos do público. Por isso, ela tinha de estar identificada. Assim, e porque o lema principal dos Lions é NÓS SERVIMOS, aparece a ideia da mão “mão que dá”, “dar a mão” a quem precisa… não individualmente, mas colectivamente. Estas mãos estão simbolicamente apoiadas no logótipo que representa a maior organização de clubes de serviço do mundo, o Lions Internacional, que presta assistência e ajuda não só como paladino dos cegos mas na ajuda aos deficientes, nas situações de catástrofes, no apoio aos jovens… enfim, num constante trabalho para todo e em todo o mundo - daí aparecer a calote esférica coberta de parafusos que simbolicamente representam os milhares de pessoas a quem os Lions ajudam.
Passando agora à concretização da ideia, direi que aparecem 3 mãos. Porquê? Porque o 3 é o nº que simboliza estabilidade e equilíbrio e que melhor se enquadra numa rotunda que tem particularmente 3 estradas. O design das 3 mãos é semelhante, mas não igual, pois somos “todos iguais e todos diferentes”. São de ferro, oferecendo consistência perante as adversidades e patinadas com cor de madeira, que as torna afectivas e acolhedoras. Os símbolos que orgulhosamente se expõem aos olhos dos transeuntes são identificadores da organização. Aqui se vêem 2 leões, onde um olha para o passado e o outro para o futuro. São em ferro e inox, símbolo de resistência e durabilidade. A calote esférica, feita em betão, representa o globo terrestre, executada em materiais singelos, sem recurso a pinturas nem patines. Esta encontra-se povoada de elementos que, ora concentrados ora dispersos, conservam o seu estado, a sua condição, independentemente da era geográfica em que se encontram.